Fusca 1200 1962 Ganha chassi nacional e se torna uma febre no Brasil


por motortudo  - A 11 anos rodando nas ruas brasileiras e a 3 oficialmente sendo fabricado por aqui, ele já era uma febre nacional, descomplicado, manutenção a preço popular e muito econômico
A industria automobilística brasileira ainda estava engatinhando, mas o Fusca 1200 1962 já trazia algumas mudanças significativas, novo chassi, novas lentes, faróis e lanternas, além do famoso para – choque cabide.
Nos dois primeiros anos da década de 1960 a industria automobilística brasileira ainda engatinhava, a Ford só lançaria o Galaxie 500 em 1967 e a Chevrolet produzia apenas utilitários, o primeiro veículo de passeio só chegaria em 1968, outras montadoras também já andavam por aqui mas sem tanto sucesso.
O início da década de 1960 também marcou o domínio do Fusca no senário nacional, assumiu o pico entre os mais vendidos onde permaneceu até a década de 1980.

Em 1961 com um significativo upgrade na primeira marcha, o câmbio definitivamente deixa de ser caixa seca e passa a ser 100% sincronizado, em 1952, 2ª, 3ª e 4ª marchas já haviam recebido um upgrade, e se tornaram sincronizadas.

Desempenho
Estabilidade – O conjunto carroceria, chassi e suspensão, era relativamente eficiente, considerando a tecnologia da época. Em curvas de alta com o piso molhado era sempre bom o motorista ficar atendo a saídas de pista, mas em um país onde a grande maioria das vias eram de ruas estreitas de paralelepípedo ou de chão batido, ele tinha a suspensão ideal.
Motor – O motor Volkswagen Boxer 1200, era de manutenção descomplicada e de baixo custo, mas em meses mais quentes, era necessário estar em dia com as manutenções de platinado e bobina.
Câmbio – Como já citado em 1962 com o novo upgrade no câmbio os engates ficaram bem mais macios e precisos.
Retomadas e ultrapassagens – Atendia as expectativas para um compacto da década de 1960, mas em pistas de mão dupla, era sempre bom o motorista negociar bem as ultrapassagens.
Consumo – A versão 1200 era o que chamamos hoje de consumo de carro popular, com ótimos 9 KM/L na cidade.

O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.

Escort Ghia 1985 a versão esporte fino do badalado esportivo da Ford


por motortudo em - A versão XR3 mexeu com o mercado brasileiro com sua aparência esportiva e moderna, mas poucos lembram que também existiu outra versão top de linha

A versão Escort Ghia 1985, na década de 1980 ficou conhecido como a versão para os coroas, por dentro oferecia basicamente todos os itens de luxo e conforto do XR3, conta – giros, vidros elétricos e opcionais para ar – condicionado, direção hidráulica e ainda levava o brasão Ghia da montadora, mas por fora era um visual mais comportado, estilo esporte fino.
Opreço também estava bem perto da versão XR3, se tornando um dos carros mais caros do Brasil, também se tronou a versão menos comercializada, e hoje um dos modelos mais raros da família Escort.
O que nunca ninguém entendeu foi a potência dada ao motor CHT do Ghia, apenas 65,1 CV de força, 8 CV a menos que a versão intermediária GL e 18,4 CV a menos que a versão XR3.
O modelo esporte fino da família Ford Escort consegui ser 2 segundos mais lento que a versão intermediária GL, e 3 km/h a menos de velocidade final.
Preço de versão top de linha, diversos itens de luxo e conforto, visual esporte fino e fôlego de carro popular.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto, carroceria, chassi e suspensão, não era um dos mais equilibrados do mercado, com uma suspensão muito macia, e um peso mal distribuído, sofria do chamado efeito flutuante, com tendências a sair de traseira em curvas de alta.
Motor – Utilizando o motor CHT 1.6 de 65,1 CV, era confiável e econômico, mas para um carro que queria passar um ar mais refinado, ficava longe da realidade, indo de 0 a 100 em 16 segundos.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, não tinha as relações muito curtas, mesmo assim deixava o carro confortável para dirigir tanto na estrada quanto na cidade.
Retomadas e ultrapassagens – Não era o mais eficiente do mercado, com 5 adultos e porta malas cheio, em estradas de mão dupla era sempre bom negociar bem as ultrapassagens.
Consumo – Para um motor de 4 cilindros a gasolina de um carro de médio porte, fazer 16,8 km/l na estrada, na década de 1980 era algo magnífico.

Carros Populares Antigos 1973 a 1979



por motortudo em - Fiat 147, Chevette, VW Brasília e VW Fusca, a guerra dos compactos, de popular só tinham o pobre acabamento e a pouca tecnologia

Se você viveu a década de 1970, sabe muito bem que os carros populares antigos, nunca estiveram ao alcance da classe baixa, com preços que somente trabalhadores e micro empresário do médio escalão econômico nacional tinham acesso, pouca tecnologia e um acabamento literalmente de terceiro mundo.
Eles fizeram a alegria do brasileiro, principalmente quando se tornavam seminovos ou usados, com um preço bem mais acessível, rapidamente estacionavam na garagem de um trabalhador com emprego fixo, ou comerciante de pequeno porte.
Preço popular nem pensar, se nos dias de hoje um carro 0 km pé de boi 1.0, fica praticamente fora do alcance do bolso do trabalhador, imaginem na década de 1970 onde o poder aquisitivo era bem menor e não existia as facilidades de compras com financiamentos em até 60X, dificilmente você encontraria uma possibilidade de 12 ou 24 parcelas.
Tecnologicamente eram todos muito limitados, em comparação com modelos europeus, pouco conforto, praticamente sem instrumentos de luxo e segurança.
Mas de alguma forma os carros populares antigos, se tornaram uma paixão nacional e hoje são modelos colecionáveis, algumas unidades devidamente restauradas ou ainda em estado de 0 km, podem chegar até 50.000 dólares.
Chevrolet Chevette


Ele chegou no mercado em 1973 de olho no mercado do VW Fusca e da família VW 1600, que dominavam o senário dos compactos nacionais.
Seu principal diferencial era o conforto da suspensão, câmbio macio e preciso e um acabamento a frente de seus principais concorrentes, mas tinha o preço mais salgado do mercado entre os modelos populares.
Ficha Técnica – Chevette 1.4

Carroceria sedã;
2 portas;
Porte Compacto;
Motor Chevrolet 1.4;
Tuchos mecânicos;
Longitudinal;
Tração traseira;
Combustível Gasolina;
Carburador;
Direção simples;
Câmbio manual de 4 marchas;
Freios a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor na traseira;
Peso 870 KG;
Potência 69 CV;
De 0 a 100 – 19,5 Segundos;
Velocidade máxima 140 KM/h;
Consumo Cidade 11 KM/L, Estrada 14 KM/L;
Porta malas 150 Litros;
Carga útil Não informado;
Tanque de combustível 45 Litros;
Volkswagen Brasilia

Sem dúvida foi um dos modelos nacionais mais comercializados, chegou ao mercado em 1973, era o tradicional pé de boi em todos os sentidos, mas caiu nas graças da classe trabalhadora que tinha bom poder aquisitivo para adquirir um popular 0 KM.
Só no ano de 1978 chegou a vender 157.700 unidades em um período de 11 meses. Mesmos sendo equipada com o motor VW 1600, era de desempenho modesto, mas atendia as expectativas entre os carros populares antigos.
Ficha Técnica VW Brasília 1600

Carroceria – hatch;
Porte – Compacto;
Portas – 2;
Motor – VW Boxer 1600;
Cilindros – 4 opostos;
Posição – Longitudinal;
Peso Torque – 68,92 kg/kgfm;
Tração – Traseira;
Combustível – Gasolina;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 4 velocidades, alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 896 KG;
Comprimento – 4010 mm;
Distância entre-eixos – 2400 mm;
Potência – 65 CV;
Cilindrada – 1584 cm³;
Torque máximo – 13 kgfm a 3000 rpm;
Potência Máxima – 4600 RPM;
Aceleração de 0 a 100 – 20,2 Segundos;
Velocidade máxima – 128 km/h;
Consumo: Cidade 8,9 KM/L – Estrada 11 km/l;
Autonomia: Cidade 409,4 km – Estrada 506 km;
Porta malas – 140 Litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – 46 Litros;

Fiat 147

Foi o último a desembarcar no Brasil, sem a menor sobra de dúvidas, a montadora italiana foi corajosa e guerreira, enfrentar um regime militar, em um país de terceiro mundo, e montar uma estrutura para fabricar um modelo totalmente desconhecido do público local, não é para qualquer empresa.
O Fiat 147 logo de cara se tronou o patinho feio da industria brasileira, diferente, quadrado e aparentemente frágil, a discriminação corria solta, ter um 147 mesmo 0 km poderia ser sinônimo de sarro na certa.
Mas o que poucos sabiam era que o compacto italiano era o mais avançado tecnologicamente da época, foi o primeiro nacional com motor transversal, desembaçador elétrico do vidro traseiro, entre outras inovações.
Rápido, confiável, econômico e muito barato, mas a maldição do câmbio duro, arranhou a imagem do 147, que só se reergueu a partir de 1982, quando recebeu um upgrade e passou a ter engates mais precisos.
Ficha Técnica Fiat 147 1050
Carroceria hatch
Porte Compacto
Portas 2
Motor Fiat Fiasa 1050.
Tração dianteira.
Combustível gasolina.
Carburador.
Direção Simples.
Câmbio manual de 4 marchas.
Freios a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras.
Peso 798 KG.
Potência 53 CV.De 0 a 100 – 18,0 Segundos.
Velocidade máxima 138 KM/h.
Consumo Cidade 12,3 KM/L Estrada 18 KM/L.
Porta malas 350 Litros.
Carga útil 400 KG.
Tanque de combustível 53 Litros.

Volkswagen Fusca 1300

Já consagrado, sem dúvida ainda era o chefe da industria nacional, líder em vendas e a melhor relação custo benefício do mercado, além de ser o seminovo mais comercializado e valorizado.
Mas já não era mais o absoluto desde 1973, a chegada do VW Brasília e Chevrolet Chevette, mudaram um pouco o foco do consumidor, pagando um pouco mais para ter mais espaço ou mais conforto.
Ficha Técnica Fusca 1300
Carroceria sedã;
Porte Compacto;
2 portas;
Motor VW Boxer 1300 refrigerado a ar;
Cilindros 4 opostos;
Longitudinal;
Tuchos Mecânicos;
Tração Traseira;
Combustível Gasolina;
Carburador;
Direção Simples;
Câmbio manual de 4 marchas;
Embreagem monodisco a seco;
Freios a tambor nas quatro rodas;
Peso 780 KG;
Potência 46 CV;
9,1 kgfm a 2800 rpm;
Potência Máxima 4600 RPM;
De 0 a 100 – 39,1 Segundos;
Velocidade máxima 117 KM/h;
Consumo Consumo na Cidade 7 KM/L – Estrada 11 KM/L;
Autonomia 287 KM na Cidade – 451 Km Na estrada;
Porta malas 141 Litros;
Carga útil Não informado;
Tanque de combustível 41 Litros

Maverick Super Luxo Automático V8 um automóvel para poucos


por motortudo  - No auge da guerra dos Muscle Cars as versões de luxo tinham um mercado bastante disputado, o modelo da Ford era oferecido de série com motor 3.0 de 112 CV, mas também era disponibilizado como opcional a versão 5.0 V8
Uma batalha bastante interessante, as montadoras Chevrolet, Dodge e Ford, lutavam em dois front do mercado dos Muscle Cars, de um lado os esportivos que eram os mais badalados e desejados, do outro lado os modelos de luxo, e a Ford tinha como uma de suas armas o Maverick Super Luxo Automático V8.
AFord já estava no mercado dos modelos de grande porte de luxo desde desde 1967 com o Ford Galaxie, mas com a necessidade de criar um modelo um pouco mais compacto na visão da época, a montadora trás para o Brasil em 1973 o Maverick, uma versão esportiva que também foi muito bem adaptada como modelo de luxo.
As vendas não foram exatamente o que a montadora desejava, com a forte concorrência no quintal de casa com o irmão Galaxie, além das versões top de linha do Chevrolet Opala e os famosos Dodge Magnum e Dodge Lebaron, o mercado se tornou bastante afunilado.