Carros Populares Antigos 1973 a 1979



por motortudo em - Fiat 147, Chevette, VW Brasília e VW Fusca, a guerra dos compactos, de popular só tinham o pobre acabamento e a pouca tecnologia

Se você viveu a década de 1970, sabe muito bem que os carros populares antigos, nunca estiveram ao alcance da classe baixa, com preços que somente trabalhadores e micro empresário do médio escalão econômico nacional tinham acesso, pouca tecnologia e um acabamento literalmente de terceiro mundo.
Eles fizeram a alegria do brasileiro, principalmente quando se tornavam seminovos ou usados, com um preço bem mais acessível, rapidamente estacionavam na garagem de um trabalhador com emprego fixo, ou comerciante de pequeno porte.
Preço popular nem pensar, se nos dias de hoje um carro 0 km pé de boi 1.0, fica praticamente fora do alcance do bolso do trabalhador, imaginem na década de 1970 onde o poder aquisitivo era bem menor e não existia as facilidades de compras com financiamentos em até 60X, dificilmente você encontraria uma possibilidade de 12 ou 24 parcelas.
Tecnologicamente eram todos muito limitados, em comparação com modelos europeus, pouco conforto, praticamente sem instrumentos de luxo e segurança.
Mas de alguma forma os carros populares antigos, se tornaram uma paixão nacional e hoje são modelos colecionáveis, algumas unidades devidamente restauradas ou ainda em estado de 0 km, podem chegar até 50.000 dólares.
Chevrolet Chevette


Ele chegou no mercado em 1973 de olho no mercado do VW Fusca e da família VW 1600, que dominavam o senário dos compactos nacionais.
Seu principal diferencial era o conforto da suspensão, câmbio macio e preciso e um acabamento a frente de seus principais concorrentes, mas tinha o preço mais salgado do mercado entre os modelos populares.
Ficha Técnica – Chevette 1.4

Carroceria sedã;
2 portas;
Porte Compacto;
Motor Chevrolet 1.4;
Tuchos mecânicos;
Longitudinal;
Tração traseira;
Combustível Gasolina;
Carburador;
Direção simples;
Câmbio manual de 4 marchas;
Freios a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor na traseira;
Peso 870 KG;
Potência 69 CV;
De 0 a 100 – 19,5 Segundos;
Velocidade máxima 140 KM/h;
Consumo Cidade 11 KM/L, Estrada 14 KM/L;
Porta malas 150 Litros;
Carga útil Não informado;
Tanque de combustível 45 Litros;
Volkswagen Brasilia

Sem dúvida foi um dos modelos nacionais mais comercializados, chegou ao mercado em 1973, era o tradicional pé de boi em todos os sentidos, mas caiu nas graças da classe trabalhadora que tinha bom poder aquisitivo para adquirir um popular 0 KM.
Só no ano de 1978 chegou a vender 157.700 unidades em um período de 11 meses. Mesmos sendo equipada com o motor VW 1600, era de desempenho modesto, mas atendia as expectativas entre os carros populares antigos.
Ficha Técnica VW Brasília 1600

Carroceria – hatch;
Porte – Compacto;
Portas – 2;
Motor – VW Boxer 1600;
Cilindros – 4 opostos;
Posição – Longitudinal;
Peso Torque – 68,92 kg/kgfm;
Tração – Traseira;
Combustível – Gasolina;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 4 velocidades, alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 896 KG;
Comprimento – 4010 mm;
Distância entre-eixos – 2400 mm;
Potência – 65 CV;
Cilindrada – 1584 cm³;
Torque máximo – 13 kgfm a 3000 rpm;
Potência Máxima – 4600 RPM;
Aceleração de 0 a 100 – 20,2 Segundos;
Velocidade máxima – 128 km/h;
Consumo: Cidade 8,9 KM/L – Estrada 11 km/l;
Autonomia: Cidade 409,4 km – Estrada 506 km;
Porta malas – 140 Litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – 46 Litros;

Fiat 147

Foi o último a desembarcar no Brasil, sem a menor sobra de dúvidas, a montadora italiana foi corajosa e guerreira, enfrentar um regime militar, em um país de terceiro mundo, e montar uma estrutura para fabricar um modelo totalmente desconhecido do público local, não é para qualquer empresa.
O Fiat 147 logo de cara se tronou o patinho feio da industria brasileira, diferente, quadrado e aparentemente frágil, a discriminação corria solta, ter um 147 mesmo 0 km poderia ser sinônimo de sarro na certa.
Mas o que poucos sabiam era que o compacto italiano era o mais avançado tecnologicamente da época, foi o primeiro nacional com motor transversal, desembaçador elétrico do vidro traseiro, entre outras inovações.
Rápido, confiável, econômico e muito barato, mas a maldição do câmbio duro, arranhou a imagem do 147, que só se reergueu a partir de 1982, quando recebeu um upgrade e passou a ter engates mais precisos.
Ficha Técnica Fiat 147 1050
Carroceria hatch
Porte Compacto
Portas 2
Motor Fiat Fiasa 1050.
Tração dianteira.
Combustível gasolina.
Carburador.
Direção Simples.
Câmbio manual de 4 marchas.
Freios a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras.
Peso 798 KG.
Potência 53 CV.De 0 a 100 – 18,0 Segundos.
Velocidade máxima 138 KM/h.
Consumo Cidade 12,3 KM/L Estrada 18 KM/L.
Porta malas 350 Litros.
Carga útil 400 KG.
Tanque de combustível 53 Litros.

Volkswagen Fusca 1300

Já consagrado, sem dúvida ainda era o chefe da industria nacional, líder em vendas e a melhor relação custo benefício do mercado, além de ser o seminovo mais comercializado e valorizado.
Mas já não era mais o absoluto desde 1973, a chegada do VW Brasília e Chevrolet Chevette, mudaram um pouco o foco do consumidor, pagando um pouco mais para ter mais espaço ou mais conforto.
Ficha Técnica Fusca 1300
Carroceria sedã;
Porte Compacto;
2 portas;
Motor VW Boxer 1300 refrigerado a ar;
Cilindros 4 opostos;
Longitudinal;
Tuchos Mecânicos;
Tração Traseira;
Combustível Gasolina;
Carburador;
Direção Simples;
Câmbio manual de 4 marchas;
Embreagem monodisco a seco;
Freios a tambor nas quatro rodas;
Peso 780 KG;
Potência 46 CV;
9,1 kgfm a 2800 rpm;
Potência Máxima 4600 RPM;
De 0 a 100 – 39,1 Segundos;
Velocidade máxima 117 KM/h;
Consumo Consumo na Cidade 7 KM/L – Estrada 11 KM/L;
Autonomia 287 KM na Cidade – 451 Km Na estrada;
Porta malas 141 Litros;
Carga útil Não informado;
Tanque de combustível 41 Litros

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